Avaliação Cardiológica Pré-operatória

Toda cirurgia, por menor ou mais simples que seja, traz consigo um risco de complicações. Problemas de sangramento, infecção da feriada operatória, tempo maior do que o previsto e reação com anestesia são relativamente comuns. Entretanto, as complicações que mais põe em risco a vida do paciente são as relacionadas com o aparelho cardiovascular (infarto, arritmias, AVC, parada cardíaca).

Neste sentido, o objetivo de se realizar a avaliação cardiológica pré operatória em cirurgias eletivas (ou seja, que não sejam urgência ou emergência) é tanto identificar fatores de risco potenciais para a ocorrência desses eventos, quanto minimizar o risco de ocorrerem. Isso é feito pelo Cardiologista através da entrevista (anamnese), exame físico e avaliação de exames complementares. Dentre os exames, o eletrocardiograma de repouso é o mais disponível e utilizado, mas outros como teste ergométrico, ecocardiograma, Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) e Holter podem ser solicitados a depender da avaliação inicial.

Alguns fatores aumentam a chance de complicações durante a cirurgia, como idade avançada, doenças cardiológicas prévias, anemia, dor no peito ou falta de ar para as atividades de rotina e procedimento de urgência ou emergência. Em determinadas situações, a cirurgia pode ser adiada ou até mesmo suspensa.

Mais do que simplesmente “liberar” para a cirurgia, o papel do Cardiologista é avaliar todos os fatores envolvidos, como o tipo de anestesia, duração da cirurgia e potenciais riscos do próprio paciente, e reduzir ao máximo a chance de complicações. Nunca falamos em “risco zero”, até porque existem situações que são difíceis de prever. Entretanto fazer uma boa avaliação cardiológica pré operatória é a melhor maneira de se reduzir os riscos de complicações graves e indesejadas que, muitas vezes, poderiam ser evitadas.

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